A aparição de Nossa Senhora de Guadalupe no tilma de São Juan Diego deixou diversos mistérios e curiosidades. O tecido já passou por diversos estudos científicos e é repleto de detalhes importantes. Abaixo citaremos os mais importantes e emocionantes.A primeira curiosidade é sobre a durabilidade do tecido da tilma. Feito a partir da fibra do cactos, o manto usado pelos índios não tinha longa durabilidade e não costuma durar mais de 20 anos. Apesar disso, quase 500 anos depois, a tilma continua intacta. Nunca se conseguiu replicar nenhuma imagem com as mesmas propriedades da que está impressa no manto de Juan Diego, a começar pelo próprio fato de que ela perdure há tanto tempo, sem descolorir, num tecido de péssima qualidade. Além disso, o manto sofreu dois graves incidentes: um em 1785, quando um trabalhador derramou, sem querer, uma substância que deveria ter corroído o manto; e outro em 1921, quando um ativista explodiu dinamites dentro da Basílica e destruiu fortemente o templo, mas a imagem seguiu intacta.Outra característica da tilma é que sua superfície normalmente áspera torna seu uso difícil, restringindo as possibilidades de se pintar sobre ela. Os estudos científicos mostram que não foi feito nenhum tratamento no material para adequá-la. Estranhamente, a área onde está a imagem da Virgem tem textura bem suave, semelhante à da seda, muito diferente da parte em volta, que é áspera e rústica. Além disso, os peritos que estudaram a tilma afirmaram que não havia traços de pincel. Ao que parece, a imagem foi moldada toda de uma só vez, diferentemente de uma pintura, que é feita gradualmente. Além disso, não há registros de elementos animais ou minerais (normalmente usados como corantes à época da aparição) na estampa e, conforme o ângulo que a pessoa veja, as cores podem mudar ligeiramente, o que também não pode ser explicado pela ciência.Quatro estudos técnicos da imagem já foram feitos até agora, em 1751-1752, 1947-1973, 1979 e 1982, conduzidos respectivamente pelo pintor Miguel Cabrera e outros seis artistas, pelo restaurador de arte José Antonio Flores Gómez, pelo biofísico e consultor da NASA Philip Callahan e pelo ex-diretor do Centro Nacional de Registro e Conservação de Obras Móveis do Instituto Nacional de Belas Artes da Cidade do México, José Sol Rosales. Destes estudos, pôde-se identificar por um oftalmologista peruano que nos olhos da imagem aparecem as pessoas que estariam na sala quando Juan Diego desdobrou a tilma diante do arcebispo, como se Nossa Senhora as tivesse vendo. Aparecem registrados nos olhos da Virgem a imagem de 13 indivíduos em diferentes proporções, da mesma maneira como um olho humano reteria uma imagem.A imagem contém, ainda, um sem-fim de detalhes que impressionam:👩🏽 o cabelo solto da Virgem de Guadalupe é um símbolo asteca da virgindade;🙏🏼 uma das mãos é mais morena e a outra é mais branca, indicando a união entre os povos;✨ as 46 estrelas impressas no manto representam exatamente as constelações vistas no céu na noite de 12 de dezembro de 1531;☀️ os raios do sol, maior divindade venerada pela cultura asteca, se intensificam justamente no ventre da imagem de Maria, que está grávida;🌙 a lua sob os pés, além de evocar a “mulher vestida de sol com a lua sob seus pés”, descrita no Apocalipse, também evoca o próprio nome do México na língua asteca: “centro da lua”;😇 o anjo, representado com asas de pássaros típicos da região da Cidade do México, simboliza a junção entre a terra e o céu.Em 1979, o biofísico dr. Phillip Callahan, da Universidade da Flórida, analisou o manto com tecnologia infravermelha e descobriu que a malha mantém uma temperatura constante de 36.6 a 37 graus Celsius, que é a temperatura normal de uma pessoa viva. O médico mexicano dr. Carlos Fernández de Castillo, que também examinou o tecido, encontrou sobre o ventre de Maria uma flor de quatro pétalas que os astecas chamavam de “Nahui Ollin”, símbolo do sol e da plenitude. Prosseguindo seus exames, o médico concluiu que as dimensões do corpo de Nossa Senhora na imagem eram as mesmas de uma gestante a poucos dias de dar à luz. E 12 de dezembro, dia da aparição, é bem próximo de 25 de dezembro, Natal.Abaixo assista aos vídeos sobre as descobertas feitas:Veja mais algumas curiosidades com o Pe. Alexandre Fernandes: